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Estratégia

Renda fixa ou renda variável: diferenças, riscos e como escolher em 2025

23 de novembro de 2025•12 min de leitura

"Devo investir em renda fixa ou renda variável?" — essa é a pergunta mais comum que recebo. E a resposta quase nunca é "uma OU outra". A maioria das pessoas deveria ter as duas. A questão é: quanto de cada? Vou te explicar como decidir isso baseado no seu momento de vida.

Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?

A diferença fundamental está na previsibilidade do retorno:

Renda Fixa

Você sabe (ou pode calcular) quanto vai receber no vencimento.

  • •Tesouro Direto
  • •CDB, LCI, LCA
  • •Debêntures, CRI, CRA
  • •Fundos de renda fixa

Renda Variável

O retorno não é garantido. Pode ser maior ou menor (ou até negativo).

  • •Ações
  • •Fundos Imobiliários (FIIs)
  • •ETFs de ações
  • •BDRs

Comparação detalhada: renda fixa vs renda variável

CaracterísticaRenda FixaRenda Variável
PrevisibilidadeAltaBaixa
Potencial de retornoModeradoAlto
Risco de perdaBaixo (mantendo até o vencimento)Moderado a alto
VolatilidadeBaixa a moderadaAlta
LiquidezVariável (depende do título)Alta (D+2 para ações e FIIs)
Proteção contra inflaçãoTítulos IPCA+ simNo longo prazo, sim
Geração de renda passivaCupons semestrais (alguns títulos)Dividendos mensais (FIIs)
TributaçãoIR regressivo (15% a 22,5%)15% a 20% (ganho capital) | Dividendos isentos

Qual rende mais: renda fixa ou renda variável?

No longo prazo, historicamente a renda variável tende a render mais. Mas há períodos em que a renda fixa ganha, especialmente quando os juros estão altos (como em 2025).

Retorno histórico médio (Brasil, últimos 20 anos)

Ibovespa (ações)
~11% a.a.
CDI (renda fixa)
~9% a.a.
IFIX (FIIs)
~10% a.a.
Poupança
~6% a.a.

Atenção: retornos passados não garantem retornos futuros. Em alguns anos, a renda fixa superou a variável.

E em 2025? Qual está melhor?

Com a Selic em 13,25% a.a. (novembro de 2025), a renda fixa está muito atrativa. Você consegue retornos de 10-12% ao ano líquidos com baixíssimo risco.

Isso não significa abandonar a renda variável. Quando os juros estão altos, muitas ações e FIIs ficam "baratos" e podem valorizar bastante quando os juros caírem. É uma oportunidade de comprar barato pensando no longo prazo.

Cenário atual: como interpretar

  • •Renda fixa: Momento excelente. CDI alto, títulos IPCA+ pagando 6%+ de juros reais.
  • •Ações: Bolsa "de lado" ou em queda = oportunidade para quem pensa no longo prazo.
  • •FIIs: Muitos fundos negociando abaixo do valor patrimonial, com DY alto (~10-12%).

Por que ter as duas na carteira?

A diversificação é o único "almoço grátis" dos investimentos. Ao combinar renda fixa e variável, você:

  • Reduz a volatilidade total: Quando ações caem, a renda fixa segura a carteira
  • Aproveita diferentes cenários: Juros altos = renda fixa ganha; juros baixos = ações ganham
  • Tem liquidez para oportunidades: Renda fixa com liquidez permite comprar ações baratas em quedas
  • Equilibra risco e retorno: Potencial de ganho da renda variável + segurança da renda fixa

Como decidir quanto ter em cada uma?

A alocação ideal depende do seu perfil de investidor, objetivos e horizonte de tempo:

Perfil Conservador

80% RF
20% RV

Prioriza segurança e previsibilidade. Ideal para quem está próximo de usar o dinheiro (1-3 anos) ou tem baixa tolerância a perdas.

Perfil Moderado

60% RF
40% RV

Equilibra segurança e crescimento. Ideal para objetivos de médio prazo (5-10 anos) e quem aceita alguma volatilidade.

Perfil Arrojado

30% RF
70% RV

Prioriza crescimento de longo prazo. Ideal para quem tem horizonte de 10+ anos e tolerância a grandes oscilações.

Exemplo prático: carteira de R$ 100.000

Veja como ficaria uma carteira moderada (60/40) com R$ 100.000:

Carteira Moderada - R$ 100.000

Renda Fixa (60% = R$ 60.000)

R$ 20.000

Reserva de emergência
Tesouro Selic / CDB liquidez diária

R$ 20.000

Tesouro IPCA+ 2035
Proteção contra inflação

R$ 20.000

LCI/LCA 95% CDI
Médio prazo, isento de IR

Renda Variável (40% = R$ 40.000)

R$ 20.000

FIIs diversificados
Renda mensal, dividendos isentos

R$ 20.000

ETF de ações (BOVA11)
Diversificação automática

Rentabilidade esperada: ~10-12% a.a. (média ponderada, considerando cenário atual)
Volatilidade: Moderada (carteira pode oscilar 5-10% em meses ruins)

Erros comuns ao investir em renda fixa e variável

Evite esses erros

  • 1.Colocar tudo em renda fixa "porque é seguro": Você perde poder de compra no longo prazo e oportunidades de crescimento.
  • 2.Colocar tudo em ações "para ficar rico": Sem reserva de emergência, você vai vender na hora errada quando precisar do dinheiro.
  • 3.Ignorar a psicologia: Se você não aguenta ver sua carteira cair 30%, não tenha 70% em renda variável.
  • 4.Não fazer rebalanceamento: Com o tempo, as proporções mudam. Rebalancear mantém o risco controlado.
  • 5.Tentar "acertar o timing": Migrar entre renda fixa e variável tentando prever o mercado raramente funciona.

Checklist: montando sua carteira equilibrada

  • 1.Monte sua reserva de emergência primeiro: 3-6 meses de gastos em renda fixa com liquidez
  • 2.Defina seu perfil: Considere idade, objetivos, prazo e tolerância a risco
  • 3.Defina a alocação alvo: Conservador (80/20), Moderado (60/40) ou Arrojado (30/70)
  • 4.Diversifique dentro de cada classe: Não coloque tudo em um único título ou ação
  • 5.Invista regularmente: Aportes mensais diluem o risco de entrar no momento errado
  • 6.Rebalanceie periodicamente: A cada 6-12 meses, volte às proporções originais

FAQ - Perguntas frequentes

Posso ter só renda fixa?

Pode, mas não é o ideal para a maioria das pessoas. No longo prazo, a renda variável tende a superar a renda fixa. Se você é muito conservador, tenha pelo menos 10-20% em FIIs ou ETFs para capturar parte do crescimento.

Posso ter só renda variável?

Não recomendo. Você precisa de reserva de emergência em renda fixa para não ser forçado a vender ações na baixa. Além disso, ter parte em renda fixa ajuda a aproveitar quedas para comprar mais ações.

FIIs são renda fixa ou variável?

FIIs são renda variável. Apesar de pagarem dividendos "fixos" todo mês, o preço das cotas oscila. Você pode ter prejuízo se vender em um momento ruim.

Conclusão

Não é renda fixa ou renda variável. É renda fixa e renda variável. A proporção ideal depende do seu perfil, mas a maioria das pessoas deveria ter as duas para equilibrar segurança e crescimento.

Em 2025, com juros altos, a renda fixa está muito atrativa. Mas não ignore a renda variável: ações e FIIs "baratos" hoje podem ser os grandes vencedores quando os juros caírem. O segredo é ter equilíbrio e disciplina para manter a estratégia no longo prazo.

Quer ajuda para montar sua carteira?

Me conta seu perfil, objetivos e quanto você tem para investir. Posso te ajudar a definir a alocação ideal entre renda fixa e variável para o seu momento.

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Adriano Freire
Sobre o autor

Adriano Freire

Financial Advisor

Assessor de Investimentos credenciado pela Ancord, atuando através da Autem Investimentos, escritório parceiro do BTG Pactual.

Meu trabalho é ajudar você a investir com clareza, estratégia e disciplina. Acredito que educação financeira vem primeiro — por isso escrevo de forma direta, sem jargão, e sempre mostrando os dois lados da moeda.

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Assessoria de investimentos transparente e educacional.

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