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Estratégia

Como montar uma carteira de investimentos do zero: passo a passo prático

27 de novembro de 2025•12 min de leitura

Você já sabe que precisa investir, mas não faz ideia de por onde começar? Calma. Neste post, vou te guiar passo a passo para montar sua primeira carteira de investimentos — do zero absoluto até uma estratégia sólida e organizada. Sem enrolação.

Por que você precisa de uma carteira organizada?

Muita gente investe de forma aleatória: compra um CDB aqui, um fundo ali, uma ação porque alguém indicou. O resultado? Uma bagunça que não faz sentido e não trabalha a seu favor.

Uma carteira bem montada é como uma equipe de futebol: cada jogador tem uma função. Uns atacam (buscam rentabilidade), outros defendem (protegem seu patrimônio), e todos trabalham juntos pelo mesmo objetivo.

Os 7 passos para montar sua carteira

  1. 1. Definir seus objetivos
  2. 2. Conhecer seu perfil de investidor
  3. 3. Montar sua reserva de emergência
  4. 4. Definir sua alocação de ativos
  5. 5. Escolher os produtos
  6. 6. Executar a estratégia
  7. 7. Rebalancear periodicamente

Passo 1: Defina seus objetivos

Antes de escolher qualquer investimento, você precisa saber: investir para quê? Objetivos diferentes pedem estratégias diferentes. Não adianta colocar dinheiro da aposentadoria em ações de alto risco se você vai precisar dele em 2 anos.

Exemplos de objetivos e prazos

Reserva de emergênciaImediato
Viagem de férias1-2 anos
Entrada do imóvel3-5 anos
Faculdade dos filhos10-15 anos
Aposentadoria20+ anos

Dica: Anote seus objetivos com valores e prazos específicos. "Quero juntar R$ 50 mil para entrada do apartamento em 4 anos" é muito melhor que "quero comprar um apartamento um dia".

Passo 2: Conheça seu perfil de investidor

Seu perfil de investidor determina quanto risco você aguenta — tanto financeiramente quanto emocionalmente. Não adianta investir em ações se você não vai dormir à noite quando a bolsa cair 10%.

Os 3 perfis principais

Conservador

Prioriza segurança acima de tudo. Prefere ganhar menos, mas não perder. Foco em renda fixa (80-100%).

Moderado

Busca equilíbrio entre segurança e rentabilidade. Aceita alguma volatilidade. Mix de renda fixa (50-70%) e variável (30-50%).

Arrojado

Aceita riscos maiores em busca de retornos maiores. Aguenta volatilidade sem pânico. Foco em renda variável (50-80%).

Passo 3: Monte sua reserva de emergência

Antes de investir em qualquer coisa, você precisa de uma reserva de emergência. Ela é o alicerce da sua vida financeira. Sem ela, qualquer imprevisto vai te obrigar a vender investimentos na hora errada — possivelmente com prejuízo.

Quanto ter de reserva?

  • CLT estável: 3-6 meses de gastos
  • Autônomo ou variável: 6-12 meses de gastos
  • Empreendedor: 12 meses ou mais

Onde investir: Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária de banco sólido.

Passo 4: Defina sua alocação de ativos

A alocação de ativos é a decisão mais importante da sua carteira. Estudos mostram que mais de 90% do resultado de uma carteira vem da alocação, não da escolha de ativos específicos.

A alocação define quanto você terá em cada classe: renda fixa, ações, FIIs, internacional, etc. Ela deve refletir seu perfil e seus objetivos.

Exemplos de alocação por perfil

Conservador

Renda Fixa85%
FIIs10%
Ações5%

Moderado

Renda Fixa60%
FIIs20%
Ações20%

Arrojado

Renda Fixa30%
FIIs25%
Ações35%
Internacional10%

Passo 5: Escolha os produtos

Com a alocação definida, agora você escolhe os produtos específicos. Aqui vale a regra da simplicidade: menos é mais. Não precisa de 50 ativos para ter uma carteira diversificada.

Para a parte de Renda Fixa

  • Tesouro Selic para reserva e liquidez
  • Tesouro IPCA+ para longo prazo (aposentadoria)
  • CDBs acima de 100% CDI para médio prazo
  • LCI/LCA para quem não precisa de liquidez

Para a parte de Renda Variável

  • ETFs de índice (BOVA11, IVVB11) para diversificação simples
  • FIIs para renda mensal e exposição imobiliária
  • Ações individuais (se tiver conhecimento e tempo)

Passo 6: Execute a estratégia

Com tudo definido, hora de executar. Abra conta em uma corretora, transfira o dinheiro e faça as compras. Não complique: siga o plano e não tente adivinhar o momento perfeito.

Exemplo prático: Carteira de R$ 50 mil (Perfil Moderado)

Tesouro Selic (reserva)R$ 10.000 (20%)
Tesouro IPCA+ 2035R$ 10.000 (20%)
CDB 110% CDI (2 anos)R$ 10.000 (20%)
3-4 FIIs diversificadosR$ 10.000 (20%)
ETF BOVA11 + IVVB11R$ 10.000 (20%)

Passo 7: Rebalanceie periodicamente

Com o tempo, alguns ativos vão subir mais que outros, e sua alocação vai sair do planejado. O rebalanceamento é o processo de ajustar a carteira de volta à alocação original.

Quando rebalancear?

  • Por tempo: A cada 6 meses ou 1 ano
  • Por desvio: Quando uma classe desviar mais de 5% do planejado
  • Por aporte: Use novos aportes para equilibrar (mais eficiente)

Erros comuns ao montar a carteira

  • ✗Não ter reserva de emergência: Investir sem colchão de segurança é receita para vender na hora errada. Leia sobre reserva de emergência.
  • ✗Investir sem objetivo: Sem saber onde quer chegar, qualquer caminho parece certo — e geralmente não é.
  • ✗Ignorar o perfil: Investir fora do seu perfil causa ansiedade e decisões ruins. Descubra seu perfil.
  • ✗Complicar demais: 50 ativos não significa diversificação. Às vezes significa confusão.
  • ✗Nunca rebalancear: A carteira se desorganiza sozinha. Mantenha a disciplina.

Checklist: Sua carteira está pronta?

  • □Objetivos definidos com prazo e valor?
  • □Perfil de investidor identificado?
  • □Reserva de emergência completa?
  • □Alocação de ativos definida?
  • □Produtos selecionados para cada classe?
  • □Regra de rebalanceamento definida?

Perguntas frequentes

Quanto dinheiro preciso para começar?

Você pode começar com qualquer valor. O Tesouro Direto aceita aportes a partir de R$ 30. O mais importante é começar e criar o hábito. Veja como investir R$ 1.000 por mês.

Preciso de assessoria para montar minha carteira?

Não obrigatoriamente, mas ajuda muito — principalmente no início. Um bom assessor vai te ajudar a evitar erros comuns, escolher produtos adequados e manter a disciplina. Se quiser, me chama no WhatsApp para conversarmos sobre sua situação.

Posso copiar a carteira de alguém famoso?

Não recomendo. A carteira de outra pessoa foi feita para os objetivos, perfil e momento dela — não os seus. O que funciona para um bilionário de 60 anos não funciona para você de 30 anos construindo patrimônio. Monte sua própria estratégia.

Conclusão

Montar uma carteira de investimentos não precisa ser complicado. Seguindo esses 7 passos — objetivos, perfil, reserva, alocação, produtos, execução e rebalanceamento — você terá uma estratégia sólida e organizada.

O mais importante não é acertar tudo de primeira, mas começar. Sua carteira vai evoluir com você. Conforme você aprende mais e sua vida muda, você ajusta. O fundamental é ter uma estrutura clara desde o início.

Lembre-se: investir é uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Consistência e disciplina vencem timing e sorte no longo prazo.

Quer ajuda para montar sua carteira?

Me chama no WhatsApp. Vou analisar seus objetivos, seu perfil e te ajudar a criar uma carteira personalizada para você.

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Adriano Freire
Sobre o autor

Adriano Freire

Financial Advisor

Assessor de Investimentos credenciado pela Ancord, atuando através da Autem Investimentos, escritório parceiro do BTG Pactual.

Meu trabalho é ajudar você a investir com clareza, estratégia e disciplina. Acredito que educação financeira vem primeiro — por isso escrevo de forma direta, sem jargão, e sempre mostrando os dois lados da moeda.

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Assessoria de investimentos transparente e educacional.

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